11 de abril de 2010

Um mais um é igual a três - Alienação Parental



A relação de uma família se inicia a dois .
O casal se conhece se apaixona, se casa, tem filhos e aí se desconhece.
Um novo instrumento, agora conhecido é a PAS – Síndrome de alienação parental.
Este tema é novo, teoricamente. Na prática sua utilização já alcança décadas. É preciso o relato, agora, de quem sofreu com este fato, para constatar o seu poder de destruição.
Os pais, enquanto guardadores ou supostos guardadores da integridade física, mental e emocional dos filhos muitas vezes, em defesa própria, utiliza de instrumentos sórdidos, silenciosos e devastores para com aqueles em que deveria cuidar. Podemos pensar, e as vezes até supor, uma certa inocência em suas atitudes, muitas vezes levada impulsivamente pelo seu rancor para com o ex-companheiro.
O certo é que, querendo ou não querendo, sabendo o que está fazendo ou não, as conseqüências são drásticas para vítimas e também para o autor. Então não custa nada sabermos mais desta!!
É muito comum que os pais esqueçam que seus filhos crescem. E que com isso, começam a perceber o mundo a sua volta, tiram suas próprias conclusões e que são imbatíveis em suas retaliações. Compreensível, pois lhes foi tirado o momento. Um momento não pode ser retomado, ser revivido.
Há muitas justificativas bem intencionadas: “Eu fiz isso para o seu bem”.
Podemos cuidar, sem tirar o direito do outro: Cuidamos quando conversamos, quando somos disponíveis, quando acompanhamos, quando possibilitamos ao outro de ter uma opinião diferente da nossa, sobre um mesmo fato, uma mesma pessoa. Além de ser um cuidado, significa também crescimento. É entender que uma relação faz ao mesmo tempo, outras diversas ligações, cada uma com sua particularidade. Que relação de casal apesar de estar no mesmo contexto da relação de pais, estão em níveis diferentes e podem sim, serem vividos de forma diferente.
È concebível que uma pessoa seja uma ótima mãe, um ótimo pai, mas não sja uma boa companheira ou um bom companheiro.
Confundir tudo isso pode ser um passo para assumir comportamentos, que possam alienar o filho da sua relação com um dos seus genitores, na boa intensão de protegê-lo.
Como disse inicialmente, este tema ainda está recente em nossas cabeças, em nosso meio, vamos refletir juntos sobre esta prática e suas conseqüências.
Segue abaixo uma descrição sobre o que é Alienação Parental e como se processa .

Segundo Euclydes de Souza, alienação parental é a rejeição do genitor que "ficou de fora", pelos seus próprios filhos, fenômeno este provocado normalmente pelo guardião que detêm a exclusividade da guarda sobre eles ( a conhecida guarda física monoparental ou exclusiva).Levando em consideração que as Varas de família agraciam as mulheres, com a guarda dos filhos, em aproximadamente 91% dos casos (IBGE/2002), salta aos nossos olhos que a maior incidência de casos de alienação parental é causada pelas mães, podendo, todavia ser causada também pelo pai, dentro dos 9% restantes.Com o objetivo de ajudar aos pais a identificar quando é que seus filhos podem estar sendo vítimas da alienação parental, juntamos as seguintes situações que demonstram em menor ou maior grau o risco da rejeição paterna.
• ...”Cuidado ao sair com seu pai . Ele quer roubar você de mim”...
• ...”Seu pai abandonou vocês “...
• ...”Seu pai não se importa com vocês”...
• ...”Você não gosta de mim!Me deixa em casa sozinha para sair com seu pai”...
• ...”Seu pai não me deixa refazer minha vida”...
• ...”Seu pai me ameaça , ele vive me perseguindo”...
• ...”Seu pai não nos deixa em paz, vive chamando no telefone”...
• ...”Seu pai tenta sempre comprar vocês com brinquedos e presentes”...
• ...”Seu pai não dá dinheiro para manter vocês”...
• ...”Seu pai é um bêbado”...
• ...”Seu pai é um vagabundo”....
• ...”Seu pai é desprezível”...
Outras características de mães, ou pais, que induzem a alienação parental aos filhos:
• Cortam as fotografias em que os filhos estão em companhia do pai, ou então proíbe que as exponha em seu quarto.
• Pais que induzem a alienação parental, ao ser necessário, deixam seus filhos com babás, vizinhos, parentes ou amigos, mas nunca com o pai não residente, (mesmo que ele seja o seu vizinho), a desculpa clássica é: ” Seu pai está proibido de ver as crianças fora do horário pré-estipulado para ele “ , ” Seu pai só pode ficar com vocês de 15 em 15 dias. Foi o Juiz que disse “ ou “ Não permito, porque seu pai vai interferir na rotina da nossa família”
• Pais que induzem a alienação parental, normalmente são vítimas do seu próprio procedimento no futuro, sendo julgados pelos seus próprios filhos impiedosamente.
• Tem crises de depressão e agressividade, exercendo violência física ou psicológica sobre seus filhos.
• Fazem chantagem emocional sempre que possível, especialmente quando a criança está de férias com o pai não residente.
• Desaparece com o telefone celular que o pai dá para o filho.
• Costumam fazer denunciações caluniosas de agressão, ameaça, crimes contra a honra, etc.
• Agridem fisicamente o pai em locais não públicos, e imediatamente se deslocam para locais públicos, para forjar um pedido socorro por terem sido agredidas.
• Freqüentemente ameaçam mudarem-se pra bem longe, os Estados Unidos ou uma cidade bem longe.
BIBLIOGRAFIA: SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL. Por François Podevyn ( podevyn.f@js.mil.be ) http://users.skynet.be/paulwil/pas.htm

2 de abril de 2010

Evolução

EVOLUÇÃO

O que seria de nós se não nascêssemos com ela impregnada em nós?
Por causa dela vivemos situações diversas: Pessoal; Afetiva; Profissional; Familiar...
O segredo não é ficar livre destas situações desagradáveis e sim, mergulhar nelas, senti-las, em todas as suas dimensões, usufruir delas ao máximo e criar estratégias de crescimento e EVOLUÇÃO.
Estamos aqui para evoluirmos, para aprendermos. Para isso é preciso desenvolver uma capacidade de auto avaliação, percepção e a partir daí, AGIR.
Inicialmente a ação é INTUITIVA, como uma criança que brinca pela 1ª vez com sua bola, explorando seu brinquedo e se maravilhando com seu bate e volta descoordenado. Aos poucos percebe que não vale somente agir, mas agir com estratégia. E, novamente, como a criança, descobre que pode criar brincadeiras incríveis e infinitas, sozinha, com o outro e como os outros. É fascinante!!
E as relações afetivas, como se comporta neste terreno evolutivo? Relacionamos socialmente e afetivamente com o mesmo objetivo evolutivo. Aqueles que incomodam são rechaçados.
Na verdade, não deveria ser assim, pois eles apontam as áreas frágeis. E aí o que acontece? Não gostamos e acabamos nos esquivando e buscando o conforto, a cumplicidade. A diversidade de idéias é que amplia a existência, que fornece elementos preciosos de evolução, que dá o suporte que nos fará mais fortes.
As relações afetivas, especificamente, o CASAMENTO, proporciona uma vivência rica de experiências, ora agradáveis, ora não. É rica, pois possui uma rede de relações íntimas que nos atravessa de forma perpendicular e ao mesmo tempo linear, causando sensações de cumplicidade, de alegria, de decepções...
Na sua forma perpendicular é a História já vivida, que viaja na História mítica, apresentando suas raízes, apontando o potencial e as dificuldades, dívidas e heranças a serem resgatadas.
Na forma linear trata-se da estória construída hoje, que nos remete ao que fomos, de que forma fomos e o quanto precisamos fazer para alcançar o que queremos.
Transitar de relacionamento em relacionamento, é uma forma de buscar completude e satisfação, mas corre-se o risco de cair na mesma rede. É importante buscarmos o caminho interno da reflexão, do conhecimento sobre nós e sobre nossa estória.
Marilene Barbosa Dias Meireles
Psicóloga